Amarildo

Amarildo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Segurança Pública: Problema de todos, solução também

          Muitos países sofrem com os altos índices de criminalidade e violência e com as dificuldades das instituições públicas para lidar com a situação. Na América Latina, esta é a realidade da maioria dos países que hoje vivem, em maior ou menor grau, processos de reestruturação de seus sistemas de segurança e justiça. A violência é a primeira entre as causas de morte no Brasil, Colômbia, Venezuela, El Salvador e México.
          Repressão à violência é importante, mas é uma abordagem pontual que não incide sobre os fatores geradores de insegurança. As instituições policiais não podem, sozinhas, dar conta da segurança pública.
          O fenômeno da violência e da criminalidade é extremamente complexo, multifacetado e dinâmico, exigindo uma abordagem integrada, multi-setorial, que envolva a sociedade como um todo na busca de soluções efetivas e sustentáveis. Intervenções que acionem apenas as instituições policiais ou de justiça criminal, desarticuladas, não oferecem resultados duráveis, até porque o campo de ação destas instâncias sobre as possíveis causas do fenômeno é limitado.
          Os efeitos cotidianos da violência e da criminalidade são sentidos, em primeiro lugar, pela comunidade e seus membros, seja sob a forma de eventos concretos, seja através da “sensação de insegurança”. Para uma atuação preventiva, é preciso ouvir os atores locais. A participação comunitária é fundamental para a consolidação de uma verdadeira política pública.
          Atuar preventivamente sobre fatores como a degradação ambiental, o desemprego, problemas de saneamento, iluminação pública e falta de opções de lazer, a chamada “prevenção primária”, pode trazer benefícios efetivos para a Segurança Pública.
          Nas discussões nacionais e internacionais sobre Segurança Pública, cresce cada vez mais a importância das cidades. A instância governamental mais próxima dos problemas vividos pelos cidadãos tem papel crucial na implementação de soluções ajustadas aos contextos específicos da comunidade. Desta forma, os governos locais podem ajudar e muito as ações das organizações policiais.
          O papel da polícia sempre esteve atrelado à idéia de manutenção da ordem e proteção do Estado e de seus governantes. O conceito de segurança humana move o foco para os cidadãos, para a garantia de seus direitos individuais e coletivos, dividindo essa responsabilidade com a sociedade civil.
          A América Latina conta com um número considerável de instituições acadêmicas e organizações não governamentais trabalhando em questões relacionadas ao desenvolvimento do sistema de segurança pública. Estes atores precisam não só se fortalecer coletivamente para poder exercer maior influência nas agendas regionais, como também criar mecanismos que facilitem a relação e a interação com os membros das forças policiais interessadas em modernizar suas próprias instituições.
          Existem muitos jovens oficiais de polícia com idéias novas e criativas e que gostariam de ver mudanças, mas carecem de ajuda política e institucional para pensar e testar alternativas inovadoras. É preciso promover o fortalecimento destes atores e o estímulo a sua expressão e manifestação.
          Convidamos você a refletir sobre estas questões, participar e propor debates, colaborar com suas propostas e questionamentos, pois acreditamos que juntos podemos avançar tanto no plano das idéias quanto das ações, no caminho da construção de comunidades seguras.

Fonte: Comunidade Segura

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ATÉ QUANDO A VIDA VALERÁ TÃO POUCO?

          É visível a desvalorização dos policiais estaduais no Brasil que, as 24 horas de todo dia, arriscam a vida todos os dias enfrentando armas de guerra, mediando conflitos, atendendo ocorrências de inopino, entrando em locais perigosos, fazendo bico para sobreviver, negando propostas corruptas, repudiando o poder financeiro, ultrapassando suas horas de trabalho para dar continuidade ao serviço, convivendo num regime espartano, manuseando armas de vários tipos e calibres, dirigindo viaturas do estado em situações críticas, sacrificando horas de folga, prejudicando a saúde, fazendo dívidas nos bancos e financeiras para suportar a falta de recursos e morando com sua família em locais dominados por bandidos.
          Ao final de sua carreira, se é que ele chega a aposentadoria, que é o momento de aproveitar com a família um pouco de vida que lhe resta, temos um Policial Militar doente, com diabete, cardíaco, doente mental e com tendências suicida, na maioria casado pela segunda e até terceira vez, etc. Isto porque as pessoas que estão a frente da nossa Instituição só se preocupou em sacrificar o Policial na escala de serviço.
          A profissão policial só é enaltecida, glorificada e aplaudida diante da morte de heróis e da bravura de seus atos. Mas, quando a normalidade se impera, a paz social é resgatada e a ordem pública restabelecida, a recompensa que o policial recebe pelos seus esforços é o esquecimento e salários miseráveis. Com esta postura, os governantes parecem desprezar as ameaças à ordem pública e esquecem o dever de proteger e garantir direitos do cidadão, como os de viver em paz, manter seu patrimônio e mover-se com liberdade, salvaguardado pela democracia e pela justiça.
          Enquanto isto, profissões privilegiadas trabalhando ao lado do poder político e da justiça são valorizadas e aquinhoadas com polpudos salários sem precisar arriscar a vida ou se intrometer num submundo onde outras leis impõem um poder paralelo e violento que ameaça a ordem e a paz social. Contra ela, só existe uma linha de frente para impedir seu domínio - as forças policiais.
          Não vamos esquecer das nossas das lutas por melhores salarios, a promoção é boa, porém esta foi o reconhecimento pelos os bons serviços pretados em prol da sociedade, a minha preocupação e que atualmente em nosso Estado estamos correndo atras de promoções e esquecendo de elaborar uma proposta salarial. Cuidado com os pirulitos que estão sendo oferecidos a vocês companheiros Policiais Militares, estamos em ano de eleição.